Raça Negra sobe ao palco no Espírito Santo para o tradicional Botecão

Recheado de atrações locais e com Raça Negra como grande show nacional, Botecão 2017 acontece neste fim de semana, encerrando o Roda de Boteco

Publicado em 05/07/2017 às 08h42

Atualizado em 06/07/2017 às 10h48

Grupo Raça Negra promete levar grandes hits da carreira para o evento
Foto:Divulgação
Grupo Raça Negra promete levar grandes hits da carreira para o evento

A cena é recorrente: final de semana, família ou amigos reunidos, caixa de som ligada: “Cheia de manias/toda dengosa/menina bonita/ sabe que é gostosa.” Logo no primeiro verso, já é difícil que ninguém tenha começado a cantar junto. Um dos maiores hits do grupo Raça Negra, “Cheia de Manias” é uma das apostas para animar o público durante o Botecão, neste final de semana, no Pavilhão de Carapina, na Serra.

Neste ano, a organização do evento apostou em uma programação mais eclética, com pop rock, rock, samba e reggae na sexta-feira (7), quando apenas atrações locais sobem ao palco. No sábado (8), a festa fica por conta dos paulistas do Raça Negra e dos cariocas do Reis da Noite, e também de outras atrações como Babulina, Kalifa, Samba Terno e a bateria da Boa Vista.

Em entrevista ao C2, Luiz Carlos da Silva, vocalista do Raça Negra, falou sobre a carreira sólida do grupo, do burburinho em torno do pagode romântico e da nova geração pagodeira. Confira o bate-papo:

Vocês estão entre os pioneiros do pagode romântico e mantêm uma regularidade na carreira. A que creditam isso?

São 34 anos! Uma vida de muita alegria, de muitas conquistas, aprendizado, união, de muita história! O fato de termos uma carreira sólida e respeitada se deve justamente por caminharmos sempre juntos, com os pés no chão e fazendo nosso samba com amor, trabalhando com parcerias e honestidade, sem perder nosso estilo.

Recentemente vocês divulgaram que foram convidados a gravar “Cheia de Manias” em outros idiomas. Como rolou a ideia?

Na verdade a gente disse que tem vontade e pretende gravar sim. A música é um hit e pretendemos levá-la a outros países, por que não?

Nos últimos anos, percebemos um “boom” do chamado Pagode Anos 90. Arriscam dizer o motivo desse sucesso?

O público é bem nostálgico, isso é algo que ajuda a reviver o que tocava “na época”. É comum ouvir as pessoas falando “Nossa! Essa música é da minha época!”, e quando aquilo que é de uma época é revivido, todo mundo se sente confortável para ouvir, dançar e curtir.

O público de vocês é muito heterogêneo, com várias faixas etárias e classes sociais. Qual a fórmula para atingir essa diversidade?

A tradição da banda é a principal fórmula. Além disso, o público caminha de pai pra filho. É uma herança.

Vocês também abriram portas para muitos artistas da nova geração. No que apostam para os próximos anos?

Ah, tem uma moçada bem legal chegando. Acho que a união dos ritmos é algo bem comum para continuar acontecendo, ver sertanejo gravando com forró, com samba, isso é algo que vai crescer, com certeza!

Em maio vocês reuniram diversos artistas para gravar um DVD em São Paulo. Como se deram as parcerias?

Foi na base da amizade mesmo, por isso nomeamos como “Amigos II”. Devemos lançar no começo deste semestre.

Macucos aposta na mistura de gêneros

Com a “maioridade musical” recém-conquistada, o Macucos integra a lista de atrações do primeiro dia de festa, dividindo as atenções com outros nomes como Saulo Simonassi, SambAdm e Regional da Nair. O grupo, um dos mais relevantes na cena do reggae capixaba, é conhecido pela fusão de gêneros e pela tradição de valorizar a cultura local por meio da música. 

Em entrevista ao C2, Xande Mendes (guitarra e vocais) conta que a banda, também comandada por Fred Nery, deve subir ao palco por volta das 23h30. Durante a apresentação, os capixabas prometem mesclar clássicos como “Além do Mar” e “Haverá”, com canções do novo disco, “Portas Abertas”, lançado no ano passado. “Colocamos algumas músicas de outros grupos que também marcaram época por aqui, como Java Roots e Manimal”, adianta Xande.

Os capixabas, que já abriram shows de artistas como Wesley Safadão e Roberta Miranda, se dizem felizes com o convite para o evento, antes marcado apenas por sambistas e pagodeiros. “Essas misturas sempre funcionaram bem. Sempre apostamos nisso”, conclui.

Botecão 2017

Quando: sexta-feira (7), a partir das 17h, e sábado (8), a partir das 14h.

Atrações: sexta – Dublin, Saulo Simonassi, SambAdm, Macucos, Yumi e Marcelo Ribeiro, e Regional da Nair; sábado – Babulina, Derengos, Kalifa, Samba Terno, Reis Da Noite, Raça Negra e Bateria da Independente de Boa Vista.

Onde: Pavilhão de Carapina. BR 101, Carapina, Serra.

Ingressos: R$ 30 (1º lote/ meia/ sexta), R$ 45 (2º lote/ meia/ sábado), R$ 80 (2º lote/ passaporte para os dois dias). Assinantes de A GAZETA têm 57% de desconto no valor da inteira. À venda no Blueticket.com.br, nas Casas Lotéricas e em bares participantes.

Informações: (27) 3327-2200.

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