10 vezes em que a ficção nos fez considerar deixar de comer carne

Na onda da atual operação da PF, relembre filmes e séries que fazem considerar o vegetarianismo

Publicado em 22/03/2017 às 19h43

Atualizado em 24/03/2017 às 07h47

Rafael Silva

rfreitas@redegazeta.com.br

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Desde que a Polícia Federal deflagrou a Operação Carne Fraca, na última sexta-feira, dia 17, muitos brasileiros passaram a considerar a ideia de se tornar vegetariano e abolir as carnes do cardápio.

As informações de que grandes frigoríficos do país estariam usando papelão, ou mesmo carne podre, em seus embutidos, fizeram muitos prometerem, nas redes sociais, adotar novos hábitos alimentares.

Assim como os noticiários atuais, muitos filmes e até série de TV também já geraram novos lotes de vegetarianos. O simpático porquinho Babe, de “Babe, o Porquinho Atrapalhado”, que conquistou uma legião de fãs em 1995, muito antes de Peppa Pig dar as caras por aqui, foi o responsável por algumas conversões de ex-adoradores de bacon. Um deles é o ator Arthur Hoggett, que interpretou o dono da fazenda em que Babe morava no longa.

É o caso também da galinha Ginger, de “Fuga das Galinhas” (2000), líder da diáspora galinácea da granja da Senhora Tweedy, frustrando os sonhos da anciã em inaugurar uma grande fábrica de tortas de frango em sua fazenda.

Mas para aqueles que a fofurice não foi suficiente para abrir mão dos prazeres da carne, algumas produções chegaram ao mesmo resultado em processos mais escatológicos.

No fim do ano passado, as cenas de “Raw”, da francesa Julia Ducournau, fez espectadores vomitarem e até desmaiarem durante o Festival de Toronto. O filme trata da história da adolescente Justine, uma vegetariana que é forçada a comer carne e ser banhada em sangue durante um trote na faculdade de Medicina. A experiência, que deixaria “Carrie, a Estranha” com inveja, leva a jovem a desenvolver uma vontade cada vez maior de ingerir carne... humana.

Impossível falar em canibalismo sem citar o famoso Doutor Hannibal Lecter, que foi imortalizado com a atuação de um sádico Anthony Hopkins, em “O Silêncio dos Inocentes”, de 1991. O personagem foi revivido por Mads Mikkelsen na série “Hannibal” (2013-2015), também aclamada pela crítica.

Sem apelar tanto para o sangue em sua fotografia, a série explora o lado “gourmet” do canibalismo, em cenas sugestivas em que nunca se sabe se Hannibal está comendo uma moelinha de frango ou entranhas humanas.

Se um bifinho já não lhe desce mais, pegue o seu tofu e confira uma lista que preparamos de momentos “carne fraca” nos cinemas e na televisão.

Muito além do papelão e carne podre

Delicatessen (1991) -  Comédia canibal cult francesa

Em um futuro distópico onde comida é cada vez mais escassa, um açougueiro começa a conquistar sua clientela, enquanto candidatos a uma vaga de emprego desaparecem, misteriosamente. Ou seja...

O Silêncio dos Inocentes (1991) -  Canibalismo “gourmet”

O filme deu um novo sentido à imagem de um canibal. Nada de homens das cavernas. Doutor Hannibal, acima de qualquer suspeita, mostra que não precisa perder a classe para degustar um cérebro humano.

Fuga das Galinhas (2000) -  Revolução no galinheiro

A sonhadora Ginger tenta motivar sua espécie a desafiar o próprio destino e não terminar na panela. Vai doer na sua consciência ter comido aquela coxinha no terminal.

Holocausto Canibal (1980) -  Falso documentário

Considerado por muitos o filme mais polêmico da história, o longa imita um documentário gravado por um professor que vai à selva amazônica tentar encontrar seus alunos desaparecidos. A polícia chegou a prender o diretor, após suspeitar que os atores tinham realmente morrido.

Sweeney Todd (2007) -  Musical canibal

Depois de ser injustamente expulso de Londres, um barbeiro vivido por Johnny Depp resolve se vingar de todos e assassinar seus clientes, enquanto que a doce senhorita Lovett causa frisson com tortas que parecem conter um misterioso ingrediente. Hummm...

Game of Thrones (2016) -  Alerta spoiler!

Vingando todos que ficaram chocados após o “casamento vermelho”, Arya Stark serve Walder Frey com um quitute desconhecido, porém, digamos, “familiar”, no final da sexta temporada da série. Valar Morghulis!

Elvira: A rainha das trevas (1988) -  Nostalgia

No clássico da “Sessão da Tarde”, a gótica suave Elvira tenta impressionar o boy com um jantar romântico, mas sua natureza sombria quase faz com que o jantar crie vida e transforme a cozinheira em prato principal.

Vivos (1993) -  Sobrevivência e dilema

Fez sucesso na década de 1990 ao retratar a história real de um time de rugby que sofre um acidente aéreo na Cordilheira dos Andes. Isolados, eles precisam sobreviver comendo os próprios amigos que morreram na queda. E aí, você estaria disposto a isso para sobreviver?

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