"Com Amor, Van Gogh" é um verdadeiro espetáculo visual

Cada um dos 65 mil frames do filme é um quadro pintando com a técnica do pintor holandês

Publicado em 16/11/2017 às 18h41

Atualizado em 16/11/2017 às 19h05

Rafael Braz

rbraz@redegazeta.com.br

Uma das telas de ''Com Amor, Van Gogh''
Foto: Reprodução
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“Com Amor, Vincent” chama atenção desde o primeiro momento. Uma declaração de amor dos diretores Dorota Kobiela e Hugh Welchman ao pintor holandês Vincent Van Gogh, o filme que está em pré-estreia no Cine Jardins, em Vitória, conta a história do artista revisitando lugares e pessoas presentes nas mais de 400 obras.

O que salta ao olhar, porém, é a técnica utilizada para confecção da animação – repetindo o estilo de pintura à óleo do pintor, 125 artistas trabalharam para que cada um dos 65 mil (!!!) frames do filme fosse uma pintura única. O resultado é uma experiência única, quase uma viagem psicodélica que merece ser vivenciada no cinema.

Uma das telas do filme
Foto: Reprodução

Além de trazer espetáculo visual, o filme também se preocupa em falar da vida de Van Gogh e até se aprofunda nos detalhes de sua morte – até hoje resta a dúvida se o artista se matou ou foi morto. A reconstrução se dá a partir da viagem de Armand Roulin (Douglas Booth), pouco depois da morte do pintor, para entregar uma carta perdida de autoria dele endereçada a seu irmão, Theo.

A história, na verdade, serve apenas para dar um fio narrativo ao trabalho de criação visual. Mesmo que cause algum estranhamento, ele logo se dissipa, dando lugar ao encanto.

Hugh Welchman e Dorota Kobiela fizeram um filme live-action e, na pós-produção, os artistas emprestaram seus talentos em forma de pintura. Por isso é fácil reconhecer alguns rostos como Saoirse Ronan e Jerome Flynn.

Fundamental para quem curte arte, “Com Amor, Van Gogh” funciona muito mais como homenagem do que como biografia, mas não tem problema nenhum nisso.

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