Viaje pela rota da cerveja artesanal no Espírito Santo
Aprenda a produzir cerveja em casa
Aprenda a produzir cerveja em casa
A cerveja é uma bebida alcoólica carbonatada, produzida por meio da fermentação de materiais com amido, principalmente cereais maltados como a cevada e o trigo. Os principais ingredientes são água, malte, lúpulo e levedura. Seus estilos variam de acordo com os ingredientes utilizados e modos de produção, que interferem no sabor, aroma, cor, teor alcoólico e outras características sensoriais.
Essas são algumas fotos compartilhadas no instagram da cervejeira Luciana Zamprogne (@lzamprogne).
Confira o processo de produção da cerveja de panela no vídeo:
Viaje pela rota da cerveja artesanal no Espírito Santo
Cerveja feita à mão
Cerveja feita à mão
A cerveja artesanal vem conquistando os capixabas. Tanto que a bebida, de aroma e paladar diferenciados, saiu das reuniões em casa e chegou a bares, pubs e supermercados. Em três anos, nove pequenas cervejarias foram criadas no Espírito Santo. Em todo o Estado, eventos e festivais já estão registrados no calendário dos cervejeiros, e uma rota de apreciação começou a ser implantada.
O movimento, que começou por hobbie, ganhou viés comercial e, em alguns municípios, a fabricação e o consumo da cerveja artesanal já fomentam o comércio e o turismo local.
4º a 15ºC
É a temperatura média de consumo da cerveja artesanal
Das cervejarias registradas no Ministério da Agricultura - exigência para produzir e comercializar a bebida -, quatro têm fábrica própria: Kingbier, em Vila Velha, Else Beer, em Viana, Barba Ruiva, em Domingos Martins, e Altezza, em Venda Nova do Imigrante.
As outras cinco conquistaram o registro recentemente e dividem o mesmo espaço de uma fábrica, em Vila Velha. São elas: Vix Bier, Bigstep, Du Rock, Casa 107 e Piabier. Trata-se de uma espécie de incubadora para produção de cerveja. Juntas, as nove cervejarias produzem quase 30 mil litros da bebida por mês.
“Beba menos. Beba melhor”
A cerveja artesanal é aquela produzida quase de forma caseira. É diferente da tradicional por conta da temperatura de consumo, entre 4ºC e 15ºC, e pelo maior teor alcoólico, conseguida a partir de alta fermentação. São necessários de 20 a 40 dias para que fique pronta.
“Embora não haja uma definição única sobre o que é cerveja artesanal, é possível conceituá-la de acordo com todas as etapas do processo produtivo, da escolha dos ingredientes ao envase do produto. É a cerveja que foi produzida habilidosamente”, explica o sommelier de cerveja Rafael Kilian.
A empresária Ruth Sipolatti complementa: os consumidores buscam saborear produtos de qualidade. "A cerveja artesanal virou cultura. Não uma cultura de beber para ficar bêbado. As pessoas estão estudando, estão debatendo, estão falando sobre cerveja. Sobre seus sabores, tipos e ingredientes", disse.
Viaje pela rota da cerveja artesanal no Espírito Santo
A primeira cervejaria artesanal do Estado fica em Viana
A primeira cervejaria artesanal do Estado fica em Viana
Localizada em um sítio em Pedra Mulata, região rural de Viana, a 35 quilômetros da Grande Vitória, a cervejaria Else Beer produz mensalmente 4 mil litros de cerveja de quatro estilos. Além dos ingredientes selecionados, a bebida é feita com água potável, de uma nascente. Fundada em 2012 pelo empresário José Olavo Medici Macedo, a cervejaria é a primeira do estilo artesanal capixaba a obter registro no Ministério da Agricultura (Mapa).
“Comecei a fazer cerveja na panela. Naquela época já tinha a ideia de montar uma fábrica. Aprimorei a produção, convidava os amigos para provar e caiu no gosto deles. Antes eram três tanques. Hoje, são cinco. Estamos muito motivados para continuar no mercado”, conta José Olavo.
A fábrica tem um programa de visitas para receber grupos a partir de 10 pessoas, com tour guiado para conhecer o processo de fabricação, as matérias-primas utilizadas e fazer degustação. Para fechar, ainda há um almoço servido na área gourmet do espaço.
Viaje pela rota da cerveja artesanal no Espírito Santo
Cerveja artesanal capixaba conquista prêmio nacional
Cerveja artesanal capixaba conquista prêmio nacional
Começamos nossa rota pela cervejaria Kingbier, que fica na Barra do Jucu, em Vila Velha. Ela conquistou a medalha de prata no 5º Campeonato Brasileiro de Cervejas Artesanais, realizado em abril deste ano, em Blumenau, Santa Catarina - que é considerada a 'terra da cerveja".
A 'Siciliana White IPA', como foi batizada, é a segunda melhor IPA do Brasil. Foi o primeiro prêmio em nível nacional de uma cerveja capixaba. Participaram da competição quase 200 cervejarias, com mais de 100 estilos (categorias que diferenciam as bebidas por fatores como aparência, sabor, ingredientes e método de produção). O julgamento é feito às cegas por juízes nacionais e internacionais.
A IPA é um estilo de cerveja com mais lúpulo em sua composição. O lúpulo é uma flor responsável pelo amargor clássico da bebida, além de um conservante natural. A 'Siciliana White IPA' da Kingbier, é mais clara e possui notas de frutas cítricas, no caso o limão siciliano.
"Estamos muito orgulhosos. Esse prêmio é uma recompensa pelo nosso trabalho. A Kingbier mostrou para o Brasil que o Espírito Santo produz cerveja de qualidade. Queremos produzir uma cerveja para ganhar o mercado nacional", afirmou o sócio proprietário, Paulo de Victa Alves.
A Kingbier participou do concurso pela terceira vez. Para Paulo, as críticas recebidas nos anos anteriores serviram para aprimorar as cervejas da marca. "Participamos desse concurso há três anos. Quando recebemos alguma crítica, trabalhamos em cima dela e aprimoramos a bebida. Ganhamos também conhecimento", disse Paulo.
O sucesso da empresa acompanha o crescimento do consumo das cervejas artesanais. A rotatividade desse tipo de produto nos supermercados, que antes era de 45 dias, hoje, é de 20 dias para novos pedidos. A Kingbier está aberta para visitação de segunda a sexta-feira. O local possui também um bar para quem quiser consumir ou comprar a bebida.
Viaje pela rota da cerveja artesanal no Espírito Santo
Conheça as cervejarias artesanais das montanhas capixabas
Conheça as cervejarias artesanais das montanhas capixabas
Fora da Grande Vitória, duas cervejarias artesanais com fábrica própria se destacam na Região Serrana. A Barba Ruiva, em Domingos Martins, e a Altezza, em Venda Nova do Imigrante. As duas cervejarias ajudam a movimentar o turismo nas montanhas do Estado. Segundo o sócio gerente da Barba Ruiva, Pedro Souto Dias, 28, cerca de 90% dos seus clientes são de fora da cidade.
"Sem sombra de dúvidas, a cervejaria Barba Ruiva virou um ponto turístico de Domingos Martins", diz ele. O balconista, Vinicius Mattos Ribeiro, 32, assina embaixo. Morador de Guarapari, ele costuma visitar Domingos Martins nos finais de semana. "Sempre que tenho oportunidade venho com minha esposa. Primeiro damos uma volta na cidade, depois vamos para a cervejaria. Antigamente ela não gostava de cerveja amarga. Hoje, ela me acompanha em tudo", conta.
Em 2016, a cervejaria inaugurou o primeiro Brewpub do Estado. Um local onde se produz e vende a própria cerveja. No início, a produção era de cinco mil litros por mês. Por conta da demanda crescente, hoje são 10 mil litros, de cinco estilos: PILSEN, WEISS, RED, IPA e STOUT.
"A cada dia que passa aumenta o número de frequentadores. Criamos o Brewpub para que os clientes possam conhecer nossa cerveja, saber como ela é produzida e consumir direto da fonte", afirma Pedro Souto.
10 mil
É a produção mensal de litros de cerveja da Barba Ruiva, em Domingos Martins
A casa funciona às sextas-feiras, sábados e domingos. Os clientes podem conhecer a fábrica durante o dia e ouvir música ao vivo à noite. Os petiscos também fazem muito sucesso: são feitos com produtos da região, como o queijo provolone de Pedra Azul e o cogumelo recheado de Venda Nova.
Entre Pedra Azul e Venda Nova do Imigrante fica a Altezza. Instalado 1.100 metros acima do nível do mar, o local acabou influenciando na escolha do nome da cervejaria, que significa altitude em italiano. No processo de fabricação são utilizados maltes especiais, lúpulo, leveduras importadas e água de nascentes da região.
São sete estilos preparadas em pequenas quantidades. A carbonatação (técnica para obter CO2) é feita diretamente na garrafa pelo processo "priming", o mesmo utilizado para fazer champanhe. A bebida é fermenta novamente, para chegar a uma cerveja com maior teor alcoólico.
“Na alta temporada produzimos cerca de quatro mil litros por mês. A produção é minuciosa para garantir a qualidade. São 450 litros por barril”, explica Daniel Rigo, 51, um dos donos da Altezza.
As visitas acontecem durante a semana, das 10h às 17h. Grupos com mais de oito pessoas devem agendar.
Viaje pela rota da cerveja artesanal no Espírito Santo
Sem fábrica própria, cervejeiros alugam espaço para produzir bebida
Sem fábrica própria, cervejeiros alugam espaço para produzir bebida
Um grupo de empreendedores capixabas registrou recentemente suas cervejarias no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). São cinco marcas instaladas no mesmo espaço em Ponta da Fruta, Vila Velha: Vix Bier, Bigstep, Du Rock, Casa 107 e Piabier.
Eles são os chamados “cervejeiros ciganos”, ou seja: não possuem fábrica própria. Mas juntas as marcas produziram quase 5 mil litros de cerveja no primeiro mês de funcionamento.
O local pertence a Ademar Belizário, que há mais de um ano criou e registrou o chopp Vix Bier e, em novembro de 2016, decidiu investir na produção de cervejas artesanais engarrafadas.
“Por ser uma fábrica grande, no início ela poderia ficar ociosa, por isso abri para cervejeiros ciganos. Eles alugam a fábrica para utilizar as instalações. É feita uma agenda para o uso dos tanques, mas a receita é deles e a marca também”, explicou Ademar.
Ele, que atua há quase 20 anos no mercado de bebidas alcoólicas, acha que o ambiente compartilhado provoca a troca de conhecimento e acirra a busca por cervejas de qualidade. "Há muita troca de conhecimento, por isso a tendência é melhorar os produtos. Sempre", afirmou.
Das panelas para a fábrica
Os jovens cervejeiros Gustavo de Maio, 24, João Paulo Pinto, 26, e Breno Taliule, 25, criaram a cervejaria Bigstep e utilizam a fábrica de Ademar para produzir a cerveja 'Vitória Bay IPA'.
Os amigos de infância começaram a fazer cerveja na panela, em 2015, e no mês passado engarrafaram 3 mil litros da bebida.
Eles pensaram em produzir a receita de IPA fora do Estado, mas com a opção da fábrica evitaram o alto custo de logística e transporte. "O local é bem estruturado e com grande capacidade de produção. A partir do momento que terceirizamos, conseguimos o registro do Mapa. Com a fábrica regularizada e o registro fica tudo mais tranquilo", explica.
Gustavo conta que decidiram apostar no mercado depois de muito estudo. "Lemos muito, participamos de eventos, workshops e palestras, além de termos feito alguns cursos, como o de microbiologia da cerveja na Escola Superior de Cerveja e Malte, em Blumenau, e o de sommelier de cervejas, no Instituto da Cerveja Brasil, em São Paulo".
O trio aposta no público jovem e pretende colocar mais três estilos de cerveja para venda ainda em 2017.
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Amantes da cerveja fazem sua própria bebida em casa
Amantes da cerveja fazem sua própria bebida em casa
Mesmo com o aumento da oferta em bares e restaurantes, e variedades que surgiram no mercado brasileiro, há quem prefira fazer sua própria cerveja, em casa. Um processo que pode levar dias, mas que os cervejeiros caseiros não abrem mão.
Quando estou fazendo cerveja na garagem de casa convido meus amigos, que sempre aprendem um pouco. Após algumas conversas percebi o interesse deles e decidi organizar esses cursos
O advogado Sandro Rizzato é um deles. Sandro era apreciador de vinhos e começou a fazer cerveja há cerca de três anos. ‘Eu estava no universo do vinho, mas queria tomar uma bebida de clima mais tropical. Foi aí que descobri o universo da cerveja artesanal. E como as opções artesanais eram raras por aqui, acabei procurando esse universo.”
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- Aprenda a produzir cerveja em casa
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Hoje, Sandro é vice presidente da Associação dos cervejeiros Artesanais do Espírito Santo (Acerva). A paixão pela cerveja é tanta, que o advogado construiu atrás de seu escritório, na Praia do Suá, em Vitória, uma minicozinha industrial.
“Gosto de advogar, mas também de fazer cerveja. No final do expediente fecho o escritório e vou para os fundo brincar com minhas alquimias, minhas misturas, para depois sentar com os amigos e degustar o que a gente faz”, disse.
Uma brincadeira que pode virar negócio
Ainda em Vitória, na Praia do Canto, encontramos outro cervejeiro caseiro. Márcio Goes Batalha, 46, possui panelas e fermentadores para produzir uma quantidade maior de cerveja. Depois de se capacitar, ele também aproveita a demanda para organizar cursos.
"Quando estou fazendo cerveja na garagem de casa convido meus amigos, que sempre aprendem um pouco. Após algumas conversas percebi o interesse deles e decidi organizar esses cursos. Sempre convido um cervejeiro profissional e abro turma de 15 pessoas" conta.
Eu estava no universo do vinho, mas queria tomar uma bebida de clima mais tropical. Foi aí que descobri a cerveja artesanal
Outra que se rendeu à cerveja artesanal foi Luciana Zamprongne, 32. Formada em Ciências sociais, ela gostou tanto da experiência que decidiu mudar de profissão. Trabalhou por mais de 10 anos como pesquisadora, mas agora quer ser cervejeira profissional.
“Comecei a fazer cerveja há quatro anos por gostar de beber, mas também se tornou um hobby. Aí todo mundo começou a me perguntar porque eu não investia nisso. Estou fazendo agora um curso profissional de cerveja e daqui para frente pretendo trabalhar só com isso”, planeja.
Viaje pela rota da cerveja artesanal no Espírito Santo
Conheça pratos saborosos que combinam com cerveja artesanal
Conheça pratos saborosos que combinam com cerveja artesanal
Os apreciadores de cerveja artesanal não deixam de lado uma boa refeição. O motivo é que a bebida é consumida em pequena quantidade e o objetivo não é se embriagar. Por isso, a dobradinha cerveja e gastronomia vem crescendo na Grande Vitória, onde vários restaurantes já contam com cervejas artesanais nos cardápios.
O Toro Blanco, especializado em carne, é um deles. "O pessoal que come carne quer beber uma boa cerveja. As combinações são muito procuradas. Aqui, a quinta-feira ficou marcada como o dia da cerveja. Temos uma kombi com quatro torneiras de chopp artesanal", afirma o proprietário Felipe Abreu Coelho.
Os próximos passos são ambiciosos. Felipe pretender promover um concurso para desenvolver uma cerveja que combine ainda mais com a carne servida na casa. E, em breve, inaugura um espaço para eventos com carne e cerveja. "É um mercado que estou sentindo que tem muita demanda", disse.
Essa união de bebida e comida se chama harmonização. Segundo Rafael Kilian, sommelier de cervejas – formado pela Doemens Akademie, instituição alemã de pesquisa e ensino sobre cerveja, e pela Academia e Escola Superior de Malte de Blumenau – harmonizar é “juntar o que sozinho é uma experiência interessante, com algo que pode tornar a experiência memorável”.
Rafael explica que não existe harmonização certa ou errada. Ela é particular e varia do gosto de cada pessoa. O importante é saber, de antemão, a aplicação de três conceitos. O primeiro é a semelhança, no qual as características sensoriais dos ingredientes do prato e da cerveja se complementam. Exemplo: uma cerveja mais tostada com um prato que tenha um elemento tostado ou defumado. Depois, vem o contraste, como o azedo e o doce. E, por fim, o corte, em que os sabores e elementos de um prato se interferem, como a sensação de gordura e acidez.
Rafael Kilian e Felipe Abreu Coelho prepararam quatro opções de harmonização pra mostrar que cerveja combina com diversos pratos. Eles criaram um petisco, uma entrada, um prato principal e uma sobremesa.
Confira no vídeo abaixo:
Bolinho de Bacalhau com Witbier
A Witbier é uma cerveja da escola belga com base em trigo muito refrescante e aromática, pois leva adição de semente de coentro e casca de laranja curaçau, o que faz com que ela se adeque a pratos que levam frutos do mar.
Espaguete com lasca de salmão, molho de cream cheese e cebolinha com Belgian Golden Strong Ale
Uma cerveja também da escola belga com teor alcoólico considerável: 8,5%. Ela dá mais suporte para a experiência suntuosa do cream cheese. A levedura usada na cerveja traz um caráter de frutas maduras, como o damasco, que casa muito bem com o salmão.
Bife de chorizo e batatas rústicas com Altbier
O bife de chorizo (um corte de boi clássico argentino, que fica na região do contra filé) harmoniza com uma Altbier, cerveja alemã um pouco mais maltada e um pouco mais lupulada. O malte e a doçura da cerveja casam bem com grelhados.
Panna cotta com calda de frutas silvestres com Bier Blunch
Temos o contraste entre uma cerveja levemente ácida, muito carbonatada e leve, com 3,5% de álcool, e a riqueza e a suntuosidade da panna cotta, com a semelhança da calda de frutas silvestres e a cereja da cerveja.
Viaje pela rota da cerveja artesanal no Espírito Santo
Conheça os estilos de cerveja artesanal mais consumidos
Conheça os estilos de cerveja artesanal mais consumidos
Existem vários estilos de cerveja, que são obtidas de acordo com as receitas, entre outros fatores. Elas se diferenciam pela cor, sabor, aroma e teor alcoólico. Você conhece os principais estilos pelos ingredientes? Confira no infográfico interativo - Mas atenção: é uma representação gráfica, que não corresponde à proporção correta na realidade.
Tipos de cerveja
Pilsen
São cervejas de baixa fermentação ou fermentação a frio (de 6°C a 12ºC). É leve e refrescante, com graduação alcoólica geralmente entre 4% e 5%. O nome Pilsen vem da cidade de origem, que fica na região da Boêmia da República Tcheca. Foi criada . Foi criada no século 19.
Weiss
São claras e opacas. Sobressai o trigo usado na produção e têm sabores que remetem a frutas e especiarias, como banana e cravo. Muito refrescantes e de graduação alcoólica moderada (entre 5%e 6%).
India Pale Ale - IPA
cerveja carregada em lúpulo, criada pelos ingleses para aumentar o tempo de conservação da bebida que seria levada para as viagens pela Índia. Varia na intensidade, tipo de amargor e sabor, além do percentual de álcool de acordo com o sub-estilos, da menor pra maior: English IPA, American IPA e Imperial IPA.
Red Ale
Cerveja avermelhada, que varia entre tons âmbar, cobre e marrom claro. Contrastes de amargor de malte e lúpulo com sabor maltado que remete a caramelo; corpo médio e teor alcoólico moderado que varia entre 4% e 5%.
Stout
Cervejas negras opacas, dotadas de forte presença de malte torrado, com notas que remetem a café e chocolate. Variam em corpo, grau alcoólico e intensidade de tosta entre os sub-estilos, Dry Stout, Oatmeal Stout, Cream Stout, Export Stout e Imperial Stout.
Pale Ale
Cervejas com coloração dourada para cobre, com presença notável de lúpulo em equilíbrio com o malte, sabor que remete a caramelo, frutas secas e frutas cítricas. Grau alcoólico moderado, de 4,5% a 6%.
Porter
São cervejas escuras, típicas da Inglaterra, de coloração marrom a preta, variando sabores - que remetem a caramelo, chocolate e frutas secas -, intensidade de amargor e grau alcoólico entre seus sub-estilos, Brown Porter e Robust Porter.
Bock
Por tradição são avermelhadas, mas podem ser também de cor marrom. Possuem um complexo sabor maltado, graças às misturas de maltes de Viena e Munique. A graduação alcoólica é alta: normalmente, vai de de 6% nas Bocks tradicionais até 10% nas Doppelbock e 14% nas Eisbock, tipos diferentes de Bock. Outra variação de Bock é a Maibock ou Helles Bock, bebida clara, de até 7,4% de álcool.
Fonte: http://www.brejas.com.br/
Viaje pela rota da cerveja artesanal no Espírito Santo
Eventos ajudam a difundir a cultura cervejeira no Espírito Santo
Eventos ajudam a difundir a cultura cervejeira no Espírito Santo
O aumento do número de apreciadores de cerveja artesanal provocou maior interesse pelo processo de produção da bebida. Daí o aumento, nos últimos anos, dos eventos organizados para a discussão e difusão da cultura cervejeira.
Um dos pioneiros no Estado foi o Festival de Cervejas Artesanais e Gastronomia, mais conhecido como "Cerveja na praça", que acontece desde 2015 no município de Muqui, na região Sul, e reúne cervejarias e expositores gastronômicos.
"A ideia surgiu de uma parceria que fizemos com o Festival de Cinema do Interior (Fecin), em 2014, para produzirmos a primeira cerveja do evento. A partir daí vimos a oportunidade de levar a cultura cervejeira para uma cidade histórica", disse Martina Martins, idealizadora do festival.
Este ano, o festival será realizado de 4 a 6 de agosto. A expectativa dos organizadores é receber 15 mil turistas. Além das cervejarias e shows musicais, os visitantes poderão participar de palestras e acompanhar o processo de fabricação de cerveja artesanal na praça da cidade.